Postado dia 31/07/2020 às 10:07

Tacchini e Conselho do Idoso de Bento iniciam projeto único no Brasil

O câncer colorretal é um dos três que mais mata homens e mulheres da região. Além disso, nos últimos 15 anos, o número de diagnósticos da doença aumentou 293,9%. Pensando em frear essas estatísticas, o Instituto Tacchini de Pesquisa em Saúde (ITPS), em parceria com o Conselho Municipal do Idoso de Bento Gonçalves (COMUI), vai passar a realizar o rastreamento de tumores colorretais (de intestino) de forma gratuita em moradores do município que tenham entre 60 a 85 anos.

O termo de fomento entre os parceiros foi assinado em julho e as consultas devem começar a ocorrer após a pandemia. Durante os primeiros 12 meses de projeto, 600 moradores de Bento Gonçalves serão atendidos. Além dos exames de sangue oculto (PSO) nas fezes, serão realizadas 420 consultas de enfermagem, 176 consultas com médico proctologista, 106 exames de colonoscopia, 67 reconsultas de enfermagem para pacientes com colonoscopia normal, 39 reconsultas com médico proctologista para pacientes com achados na colonoscopia, além de outras 39 polipectomias e exames de patologia.

O objetivo é do projeto vai além de efetivamente diminuir a mortalidade em função da doença. A intenção é desenvolver a cultura de rastreamento de tumores colorretais na comunidade da região, hoje mais direcionada a tumores de mama, por exame de mamografia, e tumores colo uterinos, por exame de Papanicolau.

A divulgação do projeto e captação de pacientes será realizada a partir do compartilhamento de material didático em diversos locais espalhados pelo município. Além diso, o tema também será abordado nas mais diversas exposições do “intestino gigante”, uma estrutra inflável com 15 metros de extensão, 3 metros de altura e 3 de largura, utilizado em feiras e eventos para conscientizar a população sobre a os perigos da doença.

Por que realizar o projeto?

Uma análise dos últimos 10 anos do Registro Hospitalar de Câncer do Hospital Tacchini, centro de referência que presta atendimento a pacientes de 24 municípios da região Nordeste do Rio Grande do Sul, revelou que 61,2% dos tumores colorretais diagnosticados já estão em estágio clínico avançado (III e IV). A estatística interfere diretamente nos baixos índices de sobrevida global por câncer em 5 anos, que é de 62,5%.

A falta de rastreamento, tanto para pacientes do SUS quanto para conveniados, é apresentado pela dra. Juliana Giacomazzi, gerente do ITPS como um dos fatores de aumento do número de mortes relacionadas à doença. “Atualmente, quem não tem sintoma acaba não realizando qualquer exame. E quando qualquer sinal da doença começa a aparecer, o processo burocrático para autorização de uma colonoscopia é lento. Isso dificulta o tratamento, porque os pacientes chegam com o câncer em um estágio muito avançado”, descreve.

Viabilização

O projeto foi viabilizado a partir da doação do Imposto de Renda de pessoas físicas e jurídicas ao Fundo Municipal do Idoso. No total, a iniciativa arrecadou R$ 541.383,60 em dois anos de captação. Deste valor, 80% será destinado à própria execução e os outros 20% permanecem no COMUI para destinação às demais ações.

A participação das empresas Vipal, Tramontina, Transportes Bertolini, Madem, CBP Sul Colchões, Sicredi Serrana RS, Meber, Zegla e Banco Safra, além dos doadores pessoas físicas, foram essenciais para a execução do projeto.

Contudo, cabe ressaltar que a iniciativa ainda mantém suas portas abertas às doações, uma vez que o valor total do projeto é de R$ 1,2 milhão. Pessoas físicas podem deduzir até 6% do seu Imposto de Renda devido, enquanto Pessoas Jurídicas com Lucro Real podem doar até 1%.

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